Recentemente acompanhei uma entrevista de um profissional que passei a admirar o trabalho. Everton Zambom é psiquiatra e palestrante do cliente da PlayPress, a Associação do Comércio de Joias, Relógios e Óptica do Rio Grande do Sul (Ajorsul). Durante a conversa ele comentou o quanto aumentou o medo da morte durante o cenário da pandemia. Isso é uma verdade uma vez que é ela a única certeza que temos. Pois o que precisamos é aprender a administrar os nossos meios para lidar com isso.
Pois a partir disso procurei observar algumas coisas na minha volta. Neste cenário que estamos vivendo em que a pandemia não acabou, mas há uma flexibilização de muitas coisas por conta dos avanços que tivemos em vacinação, me chama a atenção que uma lição parece não ter sido aprendida: as pessoas não morrem só de COVID.
Eu vejo cenas pitorescas e tenho de rir para não chorar. Vou contar algumas. Um senhor com idade extremamente avançada e caminhando com uma bengala se lança no meio dos carros para atravessar a Plínio Brasil Milano, uma via bem movimentada, sendo que havia uma faixa de segurança com sinaleira a não menos de 20 metros dele. Ah…mas ele estava protegido…porque estava de máscara. Na parada de ônibus em frente ao meu escritório sempre vejo ali pessoas fumando, jogando contra os seus próprios pulmões que tanto apareceram nas matérias envolvendo COVID tudo que há de pior em componentes químicos. E ali no queixo a boa e velha máscara “protegendo” ele. Para entrar no ônibus, tem que colocar a máscara, mas para fumar tá tranquilo?
No restaurante de fast food está lá o cidadão já obeso comendo aquele cheeseburger e um pacotão de batata frita e um refrigerante imenso que eu imagino que não faça mal nenhum para saúde dele, mas está seguro com a máscara no queixo enquanto mastiga.
Sim eu sei que o problema não é a máscara. A máscara salva vidas, eu sei. Mas essa falsa sensação de segurança é que tem me impressionado. Tem muito mais coisa a fazermos para nos cuidarmos e cuidarmos da nossa saúde do que enfiar uma máscara na cara.
Marcelo Roxo Matusiak
Jornalista e bacharel em Administração de Empresas
Diretor da PlayPress Assessoria e Conteúdo